A etapa estadual mineira da II Conferência Nacional de Educação (Conae 2014) chegou ao fim na última sexta-feira (10), mas esse é o início de uma nova fase nas discussões que trazem propostas para subsidiar a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE). Depois de quatro dias de Conferência, foram eleitos 212 delegados, representantes de vários segmentos da sociedade, que levarão as sugestões mineiras a Brasília, no ano que vem, para a fase nacional da Conae.

A coordenadora do Fórum Estadual de Educação (FEE-MG), Suely Rodarte, acredita que a Conferência foi positiva. "Mais uma vez Minas está se saindo muito bem. Nós tivemos mais de 200 emendas e isso é muito importante, porque mostra o posicionamento real e como as pessoas estão comprometidas com o processo", ressalta.

Agora, os 212 delegados se preparam para a viagem à Brasília. São representantes de todos os segmentos que participaram da Conferência: pais; trabalhadores da educação básica, superior e profissional; setor privado; gestores estaduais e municipais, entre outros. Entre eles, estão 13 gestores estaduais, diretores de escolas que vieram de todo o Estado para, com sua experiência, levar suas sugestões para aprimorar a educação brasileira.

Entre esses educadores está Ana Maria de Souza Miranda. "A Conae é uma oportunidade de fazer valer aquilo que acreditamos, que precisa ser reestruturado, que precisa ser construído. É um processo de construção, então, se não tiver os construtores, como chegaremos ao final dessa obra? Não adianta eu reclamar, mas não querer colocar a mão na massa e querer expor as minhas angústias como educadora", afirma a diretora da Escola Estadual Alair Alves Costa, do município de Nova Módica, localizada no Vale do Rio Doce.

Outro diretor de escola veio de Guaraciaba, na Zona da Mata Mineira, para Belo Horizonte e prossegue para Brasília. Julio Iglesias de Almeida é diretor da Escola Estadual Padre Dimas e, como militante dos direitos humanos, quer expor suas ideias em relação ao tema no Eixo II: Educação e Diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos. "Devo reconhecer que, em um processo histórico, na perspectiva de direitos humanos e reconhecimento da diversidade, a sociedade brasileira avançou. Há alguns entraves, e é pelo fim deles que vou lutar em Brasília. Como muitos já quiseram lá atrás, em momentos históricos, que algo fosse transformado, eu quero a transformação agora. Mas se ela for daqui a dez anos eu quero estar contribuindo ao plantar a semente agora", detalha.

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Foto: Kivian Santos/ Blue Photodesign 

Com informações da Secretaria de Educação de Minas Gerais