Parar e conferir a educação brasileira. Essa foi à proposta da Conferência Livre realizada na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (Unb). Comunidade acadêmica, representantes de movimentos sociais e órgãos públicos estiveram na manhã do último sábado (15), no Auditório dois Candangos, para debater o tema da 2ª Conferência Nacional de Educação (Conae), "Plano Nacional de Educação (PNE), indicando responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições concorrentes, complementares e colaborativas entre os entes federados e os sistemas de ensino".
Na mesa de abertura do evento estavam presentes o coordenador-geral do Fórum Nacional de Educação (FNE), Francisco das Chagas Fernandes, o coordenador-geral do Fórum Distrital de Educação (FDE), Henrique Paulo de Oliveira, o Decano de Graduação, Mauro Luiz Rabelo, a Diretora da Faculdade de Educação da Unb, Carmenísia Jacobina Aires, a presidente do Centro de Educação Paulo Freire de Ceilânia (Cepafre), Maria Madalena Torres, e o presidente do Centro Acadêmico Pedagogia do Oprimido, Thiago Magalhães. Já a mesa de debates contou com a coordenação do professor da Faculdade de Educação da Unb, Erlando Rêses, os palestrantes também da Universidade de Brasília, Raimundo Luiz Araújo e Maria Luiza Pinho Pereira, e assessor do Senado, Carlos Augusto Abicalil.
Para o coordenador-geral do FNE, Francisco das Chagas Fernandes, nessa 2ª Conae foi formalizada a modalidade de Conferências Livres, o que para ele é extremamente importante já que proporciona qualquer grupo de pessoas conferirem a educação brasileira. Chagas ainda lembrou a existência da Rede Social Conae que permite que esse momento de pensar a educação possa não ser apenas presencial, mas também virtual.
Chagas afirmou ainda que a Conferência Nacional de Educação e suas etapas antecessoras têm feito que esses entes pensem a educação. "Gostaria muito que os municípios e estados começassem uma gestão com uma conferência. A Conae tem sido pedagógica para que isso aconteça", enfatiza Chagas. Ele ainda lembra que o Sistema Nacional de Educação precisa ser articulado, "as metas do PNE só serão atingidas se desdobrarem em estados e municípios", reforça.
Na ocasião, o presidente do Centro Acadêmico Pedagogia do Oprimido, Thiago Magalhães, reforçou o valor do Eivo V: "Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social". Para ele, esse espaço permite dar voz a movimentos sociais o que é essencial para o diálogo. "É importante falar sobre a Conae e das esperanças que nela depositamos. É o momento de sermos ouvidos. Existe historicamente a luta do movimento estudantil pela transformação da educação", enfatiza o representante dos estudantes.
Ascom Conae 2014